Duas fases da Rural: acima um modelo 1968, da Willys; abaixo um de 1976, da Ford. Seu maior argumento de vendas era a natureza aventureira e desbravadora.
Em julho de 1956, a Rural começou a ser fabricada no Brasil, mas ainda com peças importadas. Seu nome é uma palavra ligada ao campo, e o motor era o de 2.6 litros com seis cilindros e 90 cv, o mesmo que equipava o Jeep e o Aero-Willys. A pintura era "saia-e-blusa" e podia ter três combinações: verde e branca, vermelha e branca ou azul e branca.O câmbio era de 3 marchas e havia tração 4x4 com reduzida, importante para um utilitário. Nas linhas 1957 e 1958, não teve nenhuma alteração. Para 1959, foi adotado um motor nacional fabricado em Taubaté(SP). Em 1960, boas e bem-vindas novidades: frente redesenhada, que dava agressividade e imponência, itens importantes para um veículo desse tipo; nacionalização completa dos componentes; e pára-brisa e vidro traseiro inteiriços. O maior argumento de vendas da Rural era seu caráter aventureiro e desbravador. O utilitário da Willys já estava consolidado no gosto do nosso público e agradou em cheio aos frotistas. Nas linhas 1961, 1962 e 1963, não houveram alterações. Para 1964, chegou a oferta da tração 4x2, com alavanca de câmbio na coluna de direção e suspensão dianteira independente com molas helicoidais, para beneficiar estabilidade e conforto de rodagem. No ano seguinte, vieram limpador de pára-brisa elétrico, grade diferenciada nas versões 4x2 e câmbio com a primeira marcha sincronizada. Na linha 1966, a Rural comemorou sua primeira década de vida, com novidades: carburador com nova calibragem, alternador substituindo o dínamo e roda-livre nas versões 4x4. Para a linha 1967, foram introduzidos novos painel de instrumentos e grade, trava de direção e câmbio de 4 marchas sincronizadas. No ano seguinte, a Ford adquiriu a Willys, mas isso não prejudicou a carreira da Rural, que permaneceu sendo produzida normalmente. Em 1969, era oferecida em versões Luxo e básica. As mudanças técnicas foram nova coluna de direção (a mesma do Aero-Willys) e motor de 3 litros com cabeçote em F, que equipava o Itamaraty e posteriormente equipou as versões de seis cilindros do Maverick. Nos anos de 1970 e 1971, não teve mudanças. Para 1972, passou a ser chamada de Ford Rural. As linhas 1973 e 1974 não apresentaram alterações. Para 1975, a Rural ganhou o mais moderno motor 2.3 de quatro cilindros, o mesmo do Maverick, com comando de válvulas no cabeçote (este agora de fluxo cruzado) e 99 cv de potência. O desempenho melhorou apesar de ser um motor menos potente. A decisão de utilizar este motor deveu-se ao tempo de crise do petróleo e consequentemente, de gasolina cara. Na linha 1976, ao completar duas décadas de vida, não houve novidades. Em 1977 a Rural, apesar de consagrada pelas qualidades e consolidada no gosto do consumidor, estava defasada e saiu de cena. Para muitos este utilitário não tem sucessor.
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