terça-feira, 1 de julho de 2014

Scénic (1998 - 2010)

A Scénic marcou época por ser a primeira minivan brasileira, e oferecia conforto, praticidade e versatilidade em um comprimento menor que o de um Golf. Na foto, uma RXE 1.6 16V de 2001.

Lançada em fins de 1998 já como modelo 1999, a Scénic foi a primeira minivan fabricada no Brasil e inaugurou a produção da Renault brasileira em São José dos Pinhais(PR), na Região Metropolitana de Curitiba. Tinha bom espaço interno, bancos individuais para cinco ocupantes, muito conforto e tecnologia moderna para seu tempo. Vinha em acabamentos RT e RXE, ambos com motor 2.0 oito válvulas, com potência de 115 cv e torque de 17,5 mkgf ou 1.6 de quatro válvulas por cilindro, que tinha 110 cv de potência e 15,1 mkgf de torque. Este lhe dava melhor consumo de combustível. Os números de desempenho com o motor maior eram 185 km/h de velocidade final e 11,5 s para acelerar de 0 a 100. Com o menor, estes números são, na ordem, 178 km/h e 12 s. Era bem equipada em ambas as versões, trazendo os itens mais desejados, que são comando elétrico para vidros dianteiros e traseiros, retrovisores externos e trava central, ar-condicionado, direção hidráulica e ainda podia ser comprada com outros itens interessantes: duas bolsas infláveis, volante com regulagem de altura, freios com sistema antitravamento (ABS), CD Player com comando no volante, faróis de neblina na frente e atrás, bancos revestidos em couro, alarme acionado a distância e transmissão automática (apenas para o motor 1.6 e como opcional). Como nem tudo é perfeito, esta minivan tinha deficiências como a posição do volante, muito na horizontal e alto custo de manutenção, ainda que seja meio-termo em relação as concorrentes diretas Zafira (a mais barata) e Picasso (a mais cara). Para a linha 2000 não houve grandes alterações. Foram oferecidas as séries especiais Egeus e Alizé, que traziam de série alguns equipamentos que eram opcionais em suas versões de base. No ano seguinte, a Scénic ganhou novos faróis, lanternas, capô e pára-choques e uma gaveta sob o banco do passageiro, pois o porta-luvas era considerado pequeno pelos usuários. O motor de 2 litros passava a ser de 16 válvulas, com potência de 138 cv e torque de 19,2 mkgf, com o qual se obtinha 194 km/h de velocidade máxima e 10 s para acelerar de 0 a 100. A versão oito-válvulas do motor maior deixou de existir e o acabamento RXE podia também ser adquirido com esta nova mecânica. Na linha 2002, a novidade foi a oferta de transmissão automática para as versões com motor 2.0 e a série Alizé foi reprisada. No ano seguinte, a minivan evolui uma geração em seu país de origem, enquanto no Brasil continua com praticamente o mesmo design. A série especial oferecida em 2000 e 2002 foi oferecida novamente. Para 2004, não houveram alterações maiores, apenas a nomenclatura das versões foi modificada: Authentique (de entrada), Expression (intermediária) e Privilège (de topo). Apenas as duas superiores podiam ser adquiridas com a unidade motriz de 2 litros, enquanto o de 1.6 litro permaneceu para todas. Na linha 2005, o motor menor passou a ser flexível em combustível, com 115 cv de potência e 16 mkgf de torque com álcool. Foi oferecida uma série limitada e o acabamento Alizé voltou. Para 2006, as demais versões seguiram sem mudanças e foi oferecida a série especial Sportway, com bagageiro no teto; logotipo nas portas traseiras; pára-choques de impulsão, como na linha Adventure da Fiat; faróis com máscara negra, como em algumas séries especiais de Gol e Parati entre 2000 e 2005; estribos laterais e pneus 195/65-15. No ano seguinte a minivan da Renault seguiu sem maiores mudanças e a Sportway foi reprisada. Foram lançadas as séries DVD Authentique e Kids, ambas com motor 1.6. Esta última teve 500 unidades produzidas, a exemplo do Monza Hi-Tech. Para 2008, a Renault passa a importar a Grand Scénic, com projeto moderno e avanços tecnológicos, evidenciando que a Scénic nacional envelheceu. Para o ano seguinte o acabamento de topo Privilège deixou de existir. Em 2010, a série Kids foi novamente oferecida. Em julho do mesmo ano, a Scénic, que marcou por ser a primeira minivan brasileira e inaugurar a produção da Renault no Brasil, disse adeus ao mercado, pois a idade do projeto estava indisfarçável. Foram produzidas no total 142.500 unidades.

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