sexta-feira, 27 de junho de 2014

Parati (1982 - 2012)

A Parati se destacava por trazer mais espaço e capacidade de carga com a mesma robustez e eficiência do Gol de que deriva. Na foto acima, a série especial Surf, de 1995, que marcava a despedida da primeira geração.
A Parati Plus, série especial oferecida na década de 1980. Se diferenciava das versões S e LS por ter rodas de alumínio, faróis de neblina, carcaça dos retrovisores externos, grade e pára-choques na cor do carro, pintura externa verde cristalino metálico, vidro traseiro com limpador/lavador/desembaçador, vidros verdes, assoalho com carpete navalhado, relógio a quartzo, hodômetro parcial, e um kit com duas cadeiras de praia, duas bolas de vôlei, dois guarda-sóis e uma geladeira térmica.

A Parati Atlanta, série especial de 1996 que tinha como tema as Olimpíadas daquele ano na cidade norte-americana. Já estava na segunda geração, mas ainda era com três portas.
Uma Parati 1.0 16V de 1998: primeira perua com motor de 1 litro. Nesta mesma época chegava também a carroceria de cinco portas (foto acima).
O face-lift da linha 2000, erroneamente chamado de Geração III pela Volkswagen. Na foto acima, uma 1.0 16V Turbo, versão oferecida entre 2000 e 2003, que vinha bem equipada e tinha bom desempenho, mas a polia do comando de válvulas deu muitas dores de cabeça aos usuários.
O face-lift da linha 2006, indevidamente chamado de Geração 4. Na foto, uma Parati Titan, bem despojada.

A Parati GTI, versão esportiva lançada no final dos anos 1990, inicialmente com três portas e depois com cinco. Se destacava pelo potente motor alemão de 2 litros e quatro válvulas por cilindro, que tinha 145 cv de potência e dava ótimo desempenho, comparável ao da Suprema 4.1, cuja motorização era de 6 cilindros e tinha 168 cv. Note o ressalto no capô, necessário em razão da maior altura da unidade motriz. Esta Parati é raríssima.

Lançada em 1982, a Parati é o modelo perua da linha Gol, cuja linha fora lançada dois anos antes, e já contava com o sedã lançado um ano depois, o Voyage. Este e a perua contavam com o motor de arrefecimento líquido do Passat, enquanto o hatch ainda tinha a mecânica a ar. Era disponível em versões LS e GLS, e seu nome é originado da cidade histórica do litoral fluminense. A mais luxuosa introduziu as rodas de alumínio nos VW brasileiros. A traseira inclinada dava um ar mais esportivo e moderno que o das concorrentes diretas Marajó e Panorama, e também da Belina, cujo porte é médio e não pequeno. O porta-malas tinha capacidade para 530 litros, e podia ser ampliado para 1.110 litros rebatendo o banco traseiro. Uma falha inaceitável no ano de lançamento era a ausência do marcador de temperatura, item essencial em carros com motor refrigerado a água. Na linha 1983, a perua compacta da marca alemã tornou-se a campeã disparada de vendas no seu segmento, manteve a posição durante muito tempo, e ganhou neste ano o motor MD-270, com carburador de corpo duplo, ignição eletrônica de série, taxa de compressão maior, filtro de ar com válvula termopneumática, retorno de combustível e pistões de liga mais leve. Haviam duas opções de câmbio: o 3+E, no qual a quarta atuava como sobremarcha, e o tradicional de 4 marchas reais. Para 1984, vinha o acabamento S, mais despojado, transformando o LS em intermediário, e o de luxo permaneceu. Em 1985, foi introduzido o câmbio de cinco marchas. Foi oferecida neste ano a série especial Plus, disponibilizada também para o Gol e o Voyage. Para 1986, a novidade era o motor AP-1600, cujos bloco e cabeçote eram os mesmos do AP-1800. Esta mecânica tem durabilidade comprovada, além de oferecer bons níveis de desempenho e consumo. Sua relação r/l era de 0,26, que lhe dava um funcionamento suave. Potência e torque eram, na ordem, 90 cv e 12,9 mkgf com álcool. Com gasolina, tais números eram 80 cv e 12,4 mkgf. Em abril, a Fiat apresentou a Elba, derivada do Uno. Esta era uma concorrente importante, moderna e com melhor aerodinâmica (Cx de 0,34), mas jamais bateu o modelo da Volkswagen em vendas. Em dezembro, a Panorama da linha 147 se despediu do mercado. No ano seguinte a nomenclatura da linha mudou: a versão de topo deixou de ser oferecida, a básica mudou de S para CL, e a GL passou a ser a superior. Esta vinha agora com supercalotas quando não fosse equipada com rodas de alumínio. Havia ainda a C, que só durou este ano. Para 1988, chegou um novo e moderno painel, e mais: volante redesenhado e retrovisores externos do Santana. O acabamento de entrada ganhou novas rodas, e a mais cara tinha o painel com os comandos iguais aos do Fox (o Voyage então exportado para Estados Unidos e Canadá) e rodas de alumínio (opcionais) com novo desenho. Na linha 1989, o acabamento GLS voltou a cena, só que agora com motor 1.8, como o Voyage da mesma versão. Tinha bancos Recaro, conta-giros, faróis de neblina, bagageiro no teto de série e outros bons itens de conforto. A decisão foi adiada, por que a marca do carro do povo passou a oferecer pouco antes o motor AP-2000 para o seu médio de luxo, evitando assim a chamada concorrência dentro de casa. Foram oferecidas duas séries especiais: Club, que tinha motor 1.6, rodas de alumínio aro 13 (as mesmas dos Santana CD até 1986 e GLS de 1987), faixas adesivas laterais, grade e retrovisores pintados, faróis de neblina, bagageiro no teto e volante da GL; e Plus, com supercalotas, bancos em tecido tear listrado e faróis de neblina. A cor mais comum era Preto Ônix metálico. Em meados do ano, desaparecia a Marajó. A perua derivada do Chevette cedeu sua vaga para a Ipanema da linha Kadett. Em 1990, o motor AP-1600 foi retirado do mercado brasileiro, e cedeu a vez para o AE-1600 na versão CL. As duas superiores vinham com a unidade de 1.8 litro. Para 1991 chegaram novos capô, faróis e grade e supercalotas redesenhadas na versão intermediária. O amplo rebaixo da porta traseira desapareceu. As mencionadas mudanças não melhoraram a aerodinâmica, que permaneceu inferior a das concorrentes. No ano seguinte, a perua compacta da VW recebeu catalisador, para atender as normas de emissões antipoluentes, e novas rodas de alumínio no acabamento de topo. Em 1993, a dupla grade/pára-choques passou a vir na cor cinza urânio, mudaram as padronagens dos estofamentos, as supercalotas e rodas de alumínio (opcionais) da versão GL. A GLS ganhava rodas aro 14 "pingo d'água", as mesmas oferecidas nos Gol GTS/GTi até 1990, e pneus 185/60. Foi introduzido o carburador eletrônico, fonte de dores de cabeça para muitos. Em meados do ano, o motor AP-1600 retornava. Para 1994, chegaram as ofertas de direção hidráulica - esta há muito solicitada pelos compradores, e de novas cores externas. O logotipo GLS saiu do borrachão, passando a ser entre o pára-lama dianteiro e a porta. Em 1995, último ano da primeira geração da Parati, nada mudou em relação a linha anterior. Marcando sua despedida, foi lançada a série especial Surf, com motor AP-1800, bagageiro no teto, faróis de longo alcance redondos, retrovisores pintados, bancos com encostos de cabeça vazados e rodas de alumínio aro 14 (as mesmas do Santana GLS) com pneus 185/60. A cor externa era Azul Hawaii Metálico. Para 1996, a perua chegou a segunda geração, em acabamentos CL (com motores AP-1600 e AP-1800 a injeção monoponto, este opcional), GL (com a unidade de 1.8 litro) e GLS (agora com a mecânica de 2 litros), mas ainda era com três portas. As janelas laterais traseiras deixaram de ser uma grande peça como as do Brasília e das Variant I e II e passaram a ser divididas em duas, com opção de vidro basculante. O estepe deixou de ser vertical na lateral para ser horizontal sob o tapete, como nos médios Passat, Logus/Pointer e Santana/Quantum. A aerodinâmica ineficiente da geração anterior (Cx de 0,45) desapareceu e a distância entre-eixos passava de 2,35 m para 2,46 m. No ano de seu lançamento, foi oferecida a série especial Parati Atlanta, em referência aos jogos olímpicos realizados na cidade norte-americana. Era oferecida com motorizações 1.6 ou 1.8, bagageiro no teto e rodas de aço aro 14 com supercalotas (as mesmas de Golf GL e Polo Classic). O logotipo Atlanta tinha uma tocha. A marca de Wolfsburg saiu na frente na renovação do segmento de peruas. A compacta Elba e as médias Ipanema e Quantum não escondiam a idade, assim como a clone desta última, a Royale, e a Suprema, única perua brasileira de grande porte na época. A primeira e estas últimas vendiam pouco e saíram de linha. Com o surgimento da linha Palio, o fim da Fiat naturalmente se aproximava; a station da Ford é fruto da Autolatina e o acordo de fornecimento de componentes entre a marca do oval azul e a do carro do povo foi rompido; e o modelo maior da GM sofreu com os rumores de que o Omega deixaria de ser produzido, saindo de produção a pedido das concessionárias Chevrolet por conta da chegada do Blazer, que é um utilitário-esporte. No ano de 1997, a novidade era a injeção multiponto para toda a linha. A versão intermediária ganhou a oferta do motor 1.6, e passou a vir com rodas aro 14 de aço estampado com supercalotas, e opcionalmente com rodas de alumínio. Por dentro, novos volante, bancos, tecidos e padronagens de revestimento. A Parati ganhou duas novas concorrentes: a Corsa Wagon, da General Motors, e a arquirrival Palio Weekend, da Fiat, ambas apresentadas no primeiro trimestre. Também chegou na mesma época a Escort SW da Ford, que é média e não compacta, sendo por isso mais próxima das peruas das linhas Kadett e Santana. Em outubro, a Ipanema disse adeus, depois de oito anos, pois não resistiu as vendas baixas, e o carro que a originou estava prestes a ser descontinuado. A série especial Club foi novamente oferecida, com motor 1.8, rodas de aço estampado aro 14 sem supercalotas, faróis de neblina na frente e atrás, pára-choques pintados e logotipos adesivos. Para 1998, finalmente era introduzida a carroceria de 5 portas, e a Parati se tornou a primeira perua a ser equipada com motor de 1 litro, o mesmo oferecido também no Gol. A CL recebia novas supercalotas e opcionalmente rodas de alumínio de 14 polegadas com pneus 185/60, assim como na nova versão de menor litragem. A GL passou a vir somente com motorização 1.8, pois a diferença de preço desta para a 1.6 era pequena. Foi lançado também nesta linha o acabamento GTI, com motor de quatro válvulas por cilindro, que vinha inicialmente com três portas e depois passou a vir com cinco. Se diferenciava externamente por trazer um ressalto no capô e rodas de 15 polegadas com pneus 195/50. Os freios desta Parati eram a disco nas quatro rodas com sistema antitravamento (ABS). Outros diferenciais técnicos eram bielas maiores (159 mm,o que lhe dava uma relação r/l de 0,29 e funcionamento suave), marcha a ré sincronizada, embreagem de comando hidráulico e barra estabilizadora na traseira. Esta versão tinha 145 cv de potência e 18,4 mkgf de torque. O interior era em couro e podia ser monocromático em preto ou bicolor em preto e vermelho. A série especial Club foi reprisada com os mesmos itens do ano anterior. A linha 1999 foi apresentada ainda em junho, trazendo a opção de bolsas infláveis. Em maio do mesmo ano, a linha 2000 foi precocemente apresentada e erroneamente chamada de Geração lll, pois era nada mais que a segunda geração com mudanças de estilo e de acabamento. As versões oferecidas até a linha anterior deixavam de existir (exceto a GTI) e entravam os pacotes de opcionais Básico, Conforto, Luxo e Estilo, com qualquer motorização. Na frente, faróis retangulares e nova grade, que lembram o Vectra de segunda geração, e a traseira ganhou luzes direcionais incolores e nova fechadura do porta-malas. Por dentro, novo painel de instrumentos de fundo azul contrastado com vermelho e novos materiais de revestimento. Mudaram também rodas, supercalotas e carcaças dos retrovisores externos. Foi oferecida a série especial Summer, que tinha motor 1.0 16V, rodas aro 14 com pneus 185/60, faróis com máscara negra e logotipos adesivos. Para 2001, veio o Pacote Plus, com vários opcionais interessantes, disponível para o motor 1.0 16V e com inscrição Plus na porta traseira. A GTI desapareceu e foi introduzida a versão 1.0 16V com turbo, na qual a potência passava para 112 cv. O desempenho melhorou consideravelmente, mas esta Parati deu muito trabalho aos donos, uma vez que a polia do comando de válvulas foi uma fonte de problemas crônicos. Foi apresentada a série especial Fun, com motor de 1 litro e 4 válvulas por cilindro, que tinha os controversos faróis pintados na cor do carro, rodas de alumínio aro 14 com pneus 185/60 e faróis de neblina. Neste ano, a Parati perdeu a liderança de vendas para a Palio Weekend depois de 19 anos, mas ainda assim permaneceu como a preferida por muitos. Outra série especial oferecida no mesmo ano foi a Tour, com três opções de motor e vários opcionais, que acabou virando versão de linha como Kadett Sport, Saveiro Summer e Corsa Milenium. As mudanças na linha 2002 foram apenas novos pára-choques e nova grade. Neste ano vieram as séries especiais Evidence, que podia vir com motorizações 1.0 turbo ou 1.8 e trazia faróis na cor do carro, rodas de alumínio, aerofólio traseiro e vidros mais escuros; e Sunset, que tinha rodas de alumínio aro 15 e conteúdo idem aquela. Para 2003, o destaque foi a chegada da versão Total Flex, com motor bicombustível, mas na unidade de 1.6 litro. Foram feitas mudanças na traseira e a problemática 1.0 16V Turbo foi descontinuada. Surgiu neste ano a Crossover para enfrentar a Palio Adventure, com mecânica 1.8 ou 2.0, suspensão elevada, volante revestido em couro e grade dianteira com lâminas cromadas. Nas linhas 2004 e 2005 não teve maiores alterações. Em 2006, a Parati de segunda geração sofre mais um face-lift, sendo também chamado inadequadamente de G4. Por dentro o acabamento foi empobrecido: o painel passava a ser o mesmo do Fox e os revestimentos de bancos e portas receberam outra padronagem e eram de qualidade inferior. Por fora a frente mudou, com novos faróis, pára-choque e grade. Foi oferecida a série especial Track & Field, com unidade motriz de 1.6 ou 1.8 litro, bancos esportivos, retrovisores pintados, rodas de alumínio aro 15, faixas laterais, faróis de neblina e seção em prata na grade dianteira destacando o pára-choque preto. Nas linhas 2007, 2008 e 2009, nada mais significativo. Em 2010, a Parati ganhou a versão Titan, com acabamento despojado, que tinha pneus 175/70-14, rodas de aço estampado sem supercalotas e pára-choques e retrovisores sem pintura. Nos últimos anos, com projeto defasado e sem receber a atenção que merecia, as vendas da perua caíam. Em 2012, depois de três décadas, a Parati deixou o mercado abrindo espaço para a SpaceFox, que não passa de um hatch cinco portas alongado, como a Corsa Wagon vendida entre 1997 e 2001. No dia 30 de junho, a última unidade saiu da linha de montagem da Volkswagen em São Bernardo do Campo (SP), no ABC paulista. 

2 comentários:

  1. Nao eciste parati 2012. A penultima foi em 2007 chamada de track e field e a ultima e 2009 chamafa de surff

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  2. Nao eciste parati 2012. A penultima foi em 2007 chamada de track e field e a ultima e 2009 chamafa de surff

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